terça-feira, 1 de março de 2011

MACROECONOMIA: A ABORDAGEM MACROSCÓPICA

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A Análise Macroeconômica foi particularmente desenvolvida após a publicação, em 1936, da principal obra de J. M. Keynes (1883-1946), The general theory of employment, interest and money.

Esta obra é de enorme significado histórico, pode ser considerado, de um lado, fruto dos difíceis anos da Grande Depressão, e de outro, da incapacidade revelada pela Microeconomia Clássica e neoclássica para solucionar os problemas macroeconômicos do desemprego em massa. A estrutura da mentalidade neoclássica tinha sido organizada em torno da suposição de que o pleno emprego seria o nível normal de operação da economia, que os afastamentos em relação ao mesmo seriam de menor importância e que – quando ocorressem distorções – o próprio sistema de preços, agindo livremente, geraria automaticamente as correções necessárias.

Entretanto, apesar da estrutura lógica e do seu raciocínio, a Análise Microeconômica tradicional parecia ter pouco a oferecer aos governos dos países ocidentais, abalados pela Grande Depressão. A tarefa de modificar a estrutura teórica da Economia tradicional coube a J. M. Keynes. Com ele, a ênfase analítica da Economia passaria do ramo micro para o macro.



A década de 30 assistiria, assim, à passagem de Economia individualista e da empresa para a Economia Agregativa, consideradas a partir de magnitudes globais.

É a parte da ciência econômica que focaliza o comportamento do sistema econômico como um todo. Têm como objeto de estudo as relações entre os grandes agregados estatísticos: a renda nacional, o nível de emprego e dos preços, o consumo, a poupança e o investimento totais. A macroeconomia tenta explicar por que, às vezes, apenas 3% da força de trabalho está desemprega e, em outras ocasiões, esta taxa atinge 7% ou mais. Procura explicar por que o total de bens e serviços produzidos cresce a uma taxa média de 4% ao ano em uma década e uma taxa média de 2% em outra.

Em resumo, a macroeconomia tenta responder a questões realmente relevantes da vida econômica: pleno emprego ou desemprego, produção a plena capacidade ou ociosidade, taxa satisfatória ou insatisfatória de desenvolvimento, inflação ou estabilidade dos níveis de preços.

A macroeconomia está voltada, fundamentalmente, para:

·         O comportamento da economia em seu conjunto, agregativamente considerado. A unidade de referência é o todo e não suas partes individualizadas.
·         O desempenho totalizado da economia. As causas e os mecanismos corretivos das grandes flutuações conjunturais. Os altos e baixos da economia como um todo etc.

Ou seja, macroeconomia ocupa-se, basicamente, de garantir a manutenção do pleno emprego dos recursos disponíveis dos sistemas econômicos, eliminando todos os possíveis focos de subemprego ou de desemprego generalizado; ocupa-se, ainda, das condições necessárias ao desenvolvimento econômico, bem como de seu significado, custos e benefícios; finalmente, ocupa-se também das questões relacionadas à inflação, procurando determinar as causas e os efeitos das elevações gerais dos níveis de preços como um todo

Em lugar da abordagem do sistema econômico a partir de seus agentes individuais – consumidores e produtores – Keynes partiu para a análise de conceitos agregados, como a Renda Nacional, o consumo, a poupança e o investimento globais.




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