segunda-feira, 7 de março de 2011

AUTONOMIA E INTER-RELAÇÃO COM AS DEMAIS CIÊNCIAS

Imagem: Internet




A economia assim como a qualquer outra ciência, convém á delimitação de seu núcleo e a especificação correta de seu objeto. Entretanto, na realidade é muito difícil separar os fatores essenciais econômicos dos extra-econômicos, uma vez que todos são significativos para o exame de qualquer sistema social. Sendo assim, a autonomia de cada um dos ramos das ciências sociais não deve ser tratado com um total isolamento, pois todas as manifestações das modernas sociedades se encontram interligadas, o que as diferem é que a  realidade deve ser observada sob diferentes óticas e investigadas em termos não unilaterais, apenas.

Economia e Política


Essa interdependência é secular, sendo a política uma arte de governar, ou exercício do poder, é natural que esse poder tenda a exercer o domínio sobre a economia. Pelas instituições, através do Estado, os grupos de dominação procuram interferir numa distribuição de renda que lhes seja conveniente.

Economia e História


Os sistemas econômicos por si só estão condicionados à evolução histórica da civilização. As idéias que constituem as teorias são formuladas num contexto histórico onde as atividades e as instituições econômicas são desenvolvidas. A pesquisa empírica sobre os fatos econômicos é desenvolvida com base no registro histórico das informações sobre a realidade que se propõe a analisar.

Economia e Geografia


A geografia interfere no desempenho das atividades econômicas, por meio de acidentes geográficos assim, como as divisões regionais são utilizadas para estudar as questões ligadas aos diferenciais de distribuição de renda, de recursos produtivos, de localização de empresas, dos efeitos da poluição sobre o meio ambiente, dos custos de transporte, das economias de aglomeração urbana, entre outras.

Economia e Sociologia


Quando a política econômica visa atingir certas classes sociais, ela interfere diretamente no objeto da sociologia, isto é, a dinâmica da mobilidade social entre as diversas classes de renda.

Economia, Matemática e Estatística


A economia se utiliza também da lógica matemática e das probabilidades estatísticas. Muitas relações de comportamento econômico podem ser expressas por funções matemáticas, por exemplo, a quantidade demandada Q por um indivíduo é uma função linear da renda disponível R, do preço do bem P, dos preços do substituto S e do complementar C.


Apresentada a definição e a relação da Economia com outras importantes ciências, cabe agora explicar o objeto da Economia em toda a sua extensão. Em economia tudo se resume a uma restrição quase física – a lei da escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços com os recursos escassos disponíveis a cada sociedade.

Sabemos ainda que um bem seja demandado por ser útil e por utilidade entende-se a capacidade que tem um bem de satisfazer uma necessidade humana. Por outro lado, bem é tudo aquilo capaz de atender a necessidade humana, podendo ser materiais, quando a eles são atribuídas características físicas de peso, forma e dimensão. Por exemplo, automóvel, roupas, relógio, etc; os imateriais são os de caráter abstrato, tais como a aula ministrada, a hospedagem prestada, a vigilância do guarda noturno, em geral todos os serviços prestados são bens imateriais.

A necessidade humana é um conceito concreto, neutro e subjetivo, mas, para não se omitir da questão, define-se “necessidade humana” como qualquer expressão de desejo que envolva a escolha de um bem econômico que contribua para a sobrevivência ou realização social do indivíduo.

Explicando o sentido econômico de escassez e necessidade, torna-se fácil entender que “Economia é a ciência social que se ocupa da administração dos recursos escassos”.

Conceito de economia

A palavra economia deriva do grego oikonomía: oikos - casa, moradia; e nomos - administração, organização, distribuição. Seria a “administração da casa”, que pode ser generalizada como “administração da coisa pública”.

Economia pode ser definida como ciência social que estuda a escassez, ou seja, como os indivíduos e a sociedade alocam seus recursos produtivos escassos, de modo que sejam distribuídos entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com o propósito de satisfazer às necessidades humanas.

Tratando-se assim, de uma ciência social, já que objetiva estudar as necessidades humanas. No entanto, depende de restrições físicas, provocadas pela escassez de recursos produtivos ou fatores de produção como, mão-de-obra, capital, terra e matérias-primas. Assim podemos dizer que o objeto de estudo da ciência econômica é a questão da escassez, ou seja, como “economizar” recursos.

A escassez surge pelo fato de termos restrições físicas de recursos e das necessidades humanas serem ilimitadas. Uma vez, que o crescimento populacional renova as necessidades básicas, a população tem o desejo contínuo de elevar o padrão de vida e a evolução tecnológica faz com que surjam novas necessidades. Nem mesmo os países ricos, são auto-suficientes em termos de disponibilidades de recursos, para que possam ser satisfeitas todas as necessidades da população.

IMPORTANTE
Se a escassez de recursos não existisse, ou seja, se todos os bens fossem abundantes, não haveria necessidade de questões como inflação, crescimento econômico, déficit no balanço de pagamentos, desemprego, concentração de renda, desenvolvimento econômico entre outros serem estudados, já que esses problemas provavelmente não existiriam e obviamente nem a necessidade de se estudar economia.

A escassez e os problemas econômicos básicos

Nas bases de qualquer sociedade, independente do tipo de organização econômica ou regime político, as escolhas entre o que e quanto, como e para quem produzir são obrigatórias uma vez que os recursos não são abundantes. :
O que e quanto produzir – Isso significa quais produtos deverão ser produzidos (carros, cigarros, café, vestuário entre outros) e em que quantidades deverão ser colocadas à disposição dos consumidores.
Como produzir – Isto é, por quem serão os bens e serviços produzidos, com quais recursos e de que maneira ou processo técnico, tratando assim de uma questão de eficiência produtiva.
Para quem produzir? – Ou seja, para quem se destinará a produção (fatalmente para os que têm renda).





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